terça-feira, 25 de maio de 2010

Negra é discriminada e leva chutes na UFPB

E-mail recebido da Prof. Solange Rocha da UFPB, militante do Movimento Negro:

25 de Maio de 2010

“Chamar só de negro safado não é crime”, diz delegada da Paraíba sobre racismo
A delegada da 4ª Delegacia Distrital de João Pessoa, Juvanira Holanda, afirmou que o acusado de agredir uma estudante africana a chutes dentro da Universidade Federal da Paraíba e cometer ato de preconceito contra a estrangeira não responderá por racismo nem por lesão corporal. O vendedor de cartões de crédito está sendo investigado apenas por injúria e vias de fato. Para a delegada, chamar uma pessoa de negro não configura crime de racismo e chutar o abdômen não é lesão corporal. Segundo a delegada, uma testemunha afirmou que o acusado disse "pega essa negra-cão" durante a confusão que se formou no campus, quando a estudante foi tomar satisfação com o vendedor de cartões por um gesto obsceno que ele teria feito para ela.

- Não houve racismo. Para caracterizar racismo tem que ter uma série de coisas. Não é só chegar e falar "sua branca", "seu negro" ou "seu negro safado". Só caracteriza racismo quando, por exemplo, você impede o acesso de um negro a educação - afirmou a delegada.

De acordo com a delegada, o acusado negou ter chamado a estudante de negra, pois ele também diz ser negro. O vendedor afirma que a estudante o empurrou e correu atrás dele.

- O que houve foi uma discussão simples - disse a delegada.

Juvanira Holanda afirmou que a estudante foi internada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena devido a seu estado emocional.

Para saber da repercussão local ver http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20100525121236&cat=brasil&keys=chamar-so-negro-safado-nao-crime-delegada-paraiba-sobre-racismo
Repercussão Nacional ver http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/05/25/chamar-so-de-negro-safado-nao-crime-diz-delegada-da-paraiba-916683695.asp

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Espero que a UFPB tome as devidas medidas sobre o assunto - quanto a nós estudantes, nós tomaremos as nossas. É lamentável o ato racista, mas mais lamentável ainda foi a resposta da delegada. Devemos romper de uma vez por todas com as opressões.

domingo, 23 de maio de 2010

Educação, arte e mudança em O Carteiro e o Poeta a partir de uma leitura de Saviani

Texto escrito para a Disciplina de Didática da professora Regina Rodriguez. (03/05/2010).

Educação, arte e mudança em O Carteiro e o Poeta a partir de uma leitura de Saviani


O filme O Carteiro e o Poeta, Il Postino no original, foi lançado em 1994, dirigido por Michael Radford e baseado no livro Ardiente Paciencia de Antonio Skármeta. Houve um roteiro anterior do filme ambientado na “Isla Negra” onde na realidade aconteceu o fato em que se baseia o filme e o livro original. Em O Carteiro e o Poeta o filme é ambientado na Itália, caracterizando uma ficção que tem uma base factual.

Mario Ruopollo vivia em uma sossegada e provinciana ilha de pescadores na Itália quando Pablo Neruda chega a sua cidade exilado por motivos políticos. Esse evento alterará irremediavelmente a vida desse homem humilde que, não podendo nem querendo ser pescador como seu pai se tornará o carteiro da vila cujo único remetente será o poeta chileno. No entanto, a convivência com o poeta o transforma radicalmente em aspectos sociais, afetivos e políticos.

O texto consistirá em relacionar o referido filme a teoria de Demerval Saviani, grande nome em Filosofia da Educação. Ele foi o primeiro a usar efetivamente o método marxista para pensar a educação brasileira. Difere-se dos demais pensadores tupiniquins de pensamento liberal ou existencialistas, pautando a luta de classes dentro da universidade, acredita que nela não há um bloco homogêneo, que há uma disputa pela hegemonia no seu interior, cabendo aos educadores problematizar essa hegemonia e procurar uma pedagogia emancipadora, ou seja, com uma preocupação social, de libertar os homens de suas opressões.

Assim, Demerval aponta 5 passos essenciais para efetivação do ato educacional:

a) Prática Social: aqui começa o processo educacional e é onde os sujeitos sociais, os atores do processo educacional (professores e estudantes) estabelecem suas relações e reflexões sobre “sua maneira de sentir, pensar e agir na sociedade de acordo com as relações que estabelecem e ainda, conforme se inserem no modo de produção da sociedade a que pertencem” (Rodriguez, 2010).

No filme é o momento em que Ruopollo e Neruda estabelecem relações, ainda tímidas, mas que ganham corpo com o tempo. O momento em que o interesse pela poesia e forma de “ler” o mundo do carteiro e do poeta se encontram e surge uma necessidade e disposição de ambos para uma troca de experiências. O poeta possuí o conhecimento da poesia, e esse fato é reconhecido pelo carteiro que se dispõe a aprender.


b) Problematização: aqui os sujeitos verificam como deverá acontecer o processo educativo. As suas deficiências, carências e as possíveis soluções. Explicita-se a diferença de conhecimento de ambos, a realidade pobre, sofrida e de estímulos restritos a comunidade pescadora de Ruopollo, em contraste com o poeta detentor de diversas viagens e de um saber literário. Nesse momento surgem as perguntas e vontades: “como se faz poesia?”, “o que são metáforas?”, e as orientações do educador, quando Neruda pede a Ruopollo que olhe a sua volta e diga o que sentiu para que as metáforas venham ao aprendiz.

c)Instrumentalização: organizar as técnicas e métodos para adquirir os conteúdos necessários à ação, ou seja, a percepção daquilo que se deve dominar para interferir na realidade que se deseja alterar. Temos o panorama de que Ruopollo quer conquistar Berenice, mas precisa tomar certas atitudes, para as quais precisa de instrumentalização: a poesia. Para tanto, recebe o caderno de poesia – no qual poderá escrever. Nesse momento Ruopollo começa a elaborar suas primeiras metáforas na praia em conversa com Neruda, sua instrumentalização engatinha.

d)Catarse: Neste momento o educando começa a alterar a realidade, multiplicando as ações através do conhecimento adquirido. Ruopollo começa a fazer poesia, percebe que mesmo com a ausência de seu tutor, Neruda, a ilha detém diversas belezas, e que ele pode expressá-las – para isso usa primeiro o gravador (adquirindo conhecimento tecnológico) e também escrevendo poesia. Então ele já não apena faz um grito tímido ao político que engana a comunidade, mas esbraveja, expõe e descortina a prática política enganadora a que sua comunidade é sujeitada.

e) “Práxis”, Prática Social: Volta-se ao início, a prática social, mas em um estágio diferente. Aqui o sujeito apropriou-se de um conhecimento podendo utilizá-lo para uma ação, mas que não se efetiva apenas para si, mas com uma finalidade, com uma reflexão. Rupollo não apenas esbraveja, ele escreve poesia e vai à luta, manifesta-se pelos seus direitos em passeata comunista com os quais se identifica. Ele vai expor sua criação, sua poesia, seu conhecimento adquirido, mas com reflexão, ele sabe o que quer mudar: a realidade de seu povo oprimido.

Assim, podemos identificar no filme um panorama do processo educativo e sistematizá-lo pela teoria de Saviani. Se o filme fala de metáforas, e o carteiro indaga ao poeta se o mar e tudo mais que o cerca pode ser metáfora de algo maior, também indaga a nós expectadores que talvez nossa realidade queira nos dizer algo que espera uma mudança, uma ação ativa nossa na realidade. Indaga também que a terra, o céu e tudo o mais, agora imaginados não mais como o mundo, mas como o universo fílmico ao qual se insere a personagem, podem ser uma grande metáfora, ou seja, o diretor nos faz um convite para que façamos nós ações práticas e que sejamos sensibilizados pela grande metáfora que é o filme.

Quando Ruopollo conhece Berenice e joga totó com ela, no qual ele perde - representando a inferioridade da personagem frente ao mundo feminino, mas também geral do universo fílmico , Berenice coloca a bola branca na boca desafiando o hipnotizado homem a tomar uma atitude viril, uma atitude segura, ativa, mas o tímido não consegue alcançar êxito.

Depois, há uma cena que Ruopollo segura a bola em mãos, compenetrado olhando o negro céu no qual brilha uma enorme e clara lua cheia. Essa lua representa a bola que está nas mãos de Ruopollo, que representa Berenice, que representa algo inalcansável para o personagem, alcançar Berenice é como tentar chegar à lua. Essa metáfora é reforçada quando Ruopollo tenta escrever pela primeira vez em seu caderno recebido por Neruda: sem conseguir escrever nada, ele desenha um círculo, esse círculo remete à Berenice, à lua, e à bola de totó – a poesia também permanece inalcansável para ele no momento. Essa na verdade, é uma grande metáfora para a ação social da personagem que ainda não está instrumentalizada. Esse é o momento da problematização, abre-se o leque de necessidades da personagem, que não são apenas amorosas, mas políticas e econômicas: a necessidade de trabalhar, a exploração de sua vila por políticos.

Assim, quando Ruopollo começa a declamar poesias – mesmo que não sejam suas, mas de Neruda –, ele começa a utilizar do conhecimento, para alcançar seus objetivos, embora ainda não seja o detentor completo daquele instrumento, pois ainda não é capaz de criar independentemente. Ao ser questionado pelo uso das poesias por Neruda, o carteiro aponta dois fatos: que a poesia na verdade é de quem precisa dela – aqui já começam traços de independência, o conhecimento deixa de ser do seu criador, mas daquele que o utiliza com certa finalidade – surpreendendo Neruda que aprova a premissa; e também dizendo que foi o poeta quem o colocou na enrascada – a mãe de Berenice vem e ameaça de morte o rapaz caso volte a ver sua filha - e que agora precisava o ajudar a sair do problema, ou seja, mantém-se um vínculo de necessidade ainda com a figura do educador. Estamos no momento de instrumentalização.

Mais a frente, quando Berenice e Ruopollo tem o primeiro momento íntimo, Ruopollo escorrega a bola pelo corpo de Berenice que coloca a esfera na boca que é logo retirada pelo carteiro que em seguida a beija – fechando um ciclo de inação diante do sexo oposto -, é o início da independência da personagem. Aqui se caracteriza a Catarse, Ruopollo começa a alterar sua realidade com o conhecimento adquirido.

No final do filme, Ruopollo se mostra mais forte e independente, tendo opiniões próprias e tomando decisões, seja de fazer a gravação para Neruda, criando poesias ou indo à manifestação política dos comunistas. Ele agora é detentor de um saber e tem uma ação refletida, com objetivos claros. Conclui-se o processo educacional com a práxis.

Conclusão

Através do filme podemos ilustrar os 5 passos didáticos de Saviani, e, principalmente, compreender como se dão na prática. Assim, fica evidente a pertinência e eficácia do método de Saviani, mas não apenas isso: a necessidade de uma educação que realmente permita uma emancipação social.


Bibliografia: Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica de João Luiz Gasparin

André Fonseca Feitosa graduando em História pela UFPB ( http://processosubjetivo.blogspot.com )

sábado, 8 de maio de 2010

Comentários sobre Educação a partir de texto do Gasparin

Texto escrito para a disciplina de Didática ministrada pela Professora Regina Rodriguez na UFPB. Data de 04 de maio de 2010.
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Esquema lógico do desenvolvimento do conteúdo do texto

O capítulo 1 (Prática Social Inicial do Conteúdo – o que os alunos e o professor sabem) do livro Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica de João Luiz Gasparin, baseado na teoria de Demerval Saviani é dividido nos seguintes tópicos:

1. Fundamentos Teóricos – aqui o autor oferece-nos um panorama teórico, baseado em diversos autores para fundamentar – como o título sugere – a proposta metodológica que será apresentada em seguida.

Assim, ele inicia o texto apresentando o conteúdo que abordará o texto, em seguida cita diversos autores começando por Vasconcellos, e seguindo por Paulo Freire, Cortella, Daviani, dentre outros.

Dessa forma ele sedimenta a necessidade e validade de fazer uma primeira sondagem do conhecimento prévio do educando, e da necessidade do professor conhecer essa realidade para desenvolver seu trabalho, orientando o aprendizado do aluno de forma que o educando resignifique seus conhecimentos tornando-os mais sofisticados, partindo do senso comum para o saber científico.

Afinal o educando inicia seu aprendizado antes da escola, não ao entrar ali. Sua realidade social já oferece estímulos e ao chegar na escola há um conhecimento caótico e empírico que se chocará com o saber científico. Daí a necessidade do professor conhecer bem essa realidade que permeia a sala de aula, a fim de que sua aula seja eficiente e eficaz.

Além disso, o conhecimento virá fragmentado e poderá permanecer fragmentado também na escola. Por isso, propõe a “prática social considerada na perspectiva do pensamento dialético (...) pois refere-se a uma totalidade que abarca o modo como os homens se organizam para produzir suas vidas, expresso nas instituições sociais do trabalho, da família, da escola, da igreja, dos sindicatos, dos meios de comunicação social, dos partidos políticos, etc” (Gasparin, 2005, 21)

2. Procedimentos Práticos

Aqui o autor proporá as ações práticas para realizar aquilo que foi exposto teoricamente: primeiro dever-se-á informar os alunos do conteúdo que será abordado, dialogando com os educandos sobre ele, verificando o que sabem sobre ele e qual relação mantém entre o conteúdo e seu cotidiano. (caracterizado no subtópico 2.1 Anúncio dos conteúdos).

Em seguida bem o subtópico “2.2 Vivência cotidiana dos conteúdos”, aqui o autor propõe a estimulação dos alunos através da orientação do professor, para mostrar todo o conhecimento que detém sobre o tema em discussão. Aqui se expressará o todo caótico-empírico que o professor tentará desnaturalizar e atualizar e sistematizar em novo conteúdo científico.

Em seguida virá a parte de estimular suas dúvidas, curiosidades sobre o tema, através de perguntas, para que os atores da relação de aprendizagem formem objetivos de conhecimento, estabelecendo conexões, a fim de quebrar o aparente e natural contextualizando-o sócio-historicamente.

Depois o autor conclui com um exemplo que ilustra todo a prática e teoria tratada.

[5 informações destacadas no texto]

[1 - página 21]

“A prática social considerada na perspectiva do pensamento dialético é muito mais ampla do que a prática social de um conteúdo específico, pois refere-se a uma totalidade que abarca o modo como os homens se organizam para produzir suas vidas, expresso nas instituições sociais do trabalho, da família, da escola, da igreja, dos sindicatos, dos meios de comunicação social, dos partidos políticos, etc.”

Notamos aqui como essa teoria está ligada umbilicalmente a uma base teórica marxista de análise sócio-histórica. Assim como a teoria alemã essa visão didático-pedagógica pretende dar conta de um todo social, alcançar a universalidade, questionando também um conhecimento que seja apenas teórico, ou melhor, apenas idealizado – na crítica de Marx ao idealismo radical hegeliano – propondo uma educação que se baseia em um contexto real e concreto dos atores envolvidos na relação didática.

[2 – página 21]

“É de ressaltar (...) que o diálogo pedagógico não se estabelece entre intersubjetividade de professor e alunos, mas sim, na relação de ambos ‘...com o pensamento, com a cultura corporificada nas obras e nas práticas sociais’ (Chauí, 1980, p.39)”

Achei essa passagem interessante por dois aspectos: primeiro propõe uma cisão com certo discurso exacerbadamente individualista que permeia o senso comum e mesmo o conhecimento acadêmico atualmente. Assim, o diálogo se dá na relação entre dois atores sociais, e não entre duas intersubjetividades, mostrando como o indivíduo é construído socialmente e não a partir de “robsonadas” (como cita Marx na Ideologia Alemã, acerca de certa teoria feita baseada em um indivíduo desprovido de contexto, como um Robson Crusoé).

Mais a frente na citação de Chauí, aponta-se outro aspecto interessante: da “cultura corporificada nas obras e nas práticas sociais”, ou seja, esse indivíduo social se mostra nas práticas sociais, não em um lugar estranho e obscuro limitado completamente ao âmbito particular e psicológico.

[3 – página 22]

“...a prática social, referida aqui, não consiste apenas naquilo que o aluno, enquanto indivíduo, faz ou sabe, em seu dia-a-dia, relativo ao conteúdo. Essa prática social traduz a compreensão e a percepção que perpassam todo o grupo social. Evidentemente, a expressão dessa prática dá-se por um indivíduo que a aprendeu subjetivamente, utilizando filtros pessoais e sociais. Todavia, essa expressão não é dele, mas do grupo que manifesta sempre as determinações e apreensões do todo social maior. Por isso, ela se apresenta sempre como uma prática próxima e remota ao mesmo tempo”

Quero chamar a atenção para os termos “Percepção que perpassa o grupo social”, ou seja, as impressões do indivíduo são compartilhadas, há uma percepção coletiva, caracterizada por valores socialmente aceitos que também constroem a mentalidade dos atores sociais do processo educacional.

Mas ao mesmo tempo o indivíduo tem “filtros pessoais e sociais”, ou seja, há uma dimensão individual que não pode ser desprezada. O indivíduo a partir de suas experiências que são uma combinação única de diversos estímulos diversos, constituirá filtros e uma mentalidade que se relaciona com o discurso coletivo.

E essa expressão coletiva não é dele, mas compartilhada socialmente, pois construímos nosso ideário a partir das informações recebidas dos outros, formando uma cultura que é coletiva.

Esta deve ser problematizada em sala de aula e identificada, aumentando a liberdade do indivíduo frente aos discursos hegemônicos, construindo uma contra-hegemonia, a fim de realizar uma mudança social.

[4 – página 30]

“O simples fato de terem suas contribuições aceitas sem julgamento incentiva os alunos a participarem da busca de soluções para os problemas apontados pela prática social”

Aqui também há uma legitimação do aluno enquanto ator, enquanto ser ativo do processo de transformação social. Assim, ao legitimar sua voz e seus saberes, o professor alcança uma relação de confiança que permite orientar para aquisição de conhecimentos mais complexos, mas também o motiva, estimula a ação transformadora, retirando-o de uma posição de passividade frente a educação e sociedade.

[5 – página 30]

“Esta fase se encerra no momento em que o professor observa que os educandos estão começando a tomar consciência do problema social apresentado, nesse caso, pela água, não apenas em relação ao conteúdo escolar, mas acima de tudo em relação à sua vida diária, à vida da comunidade, das instituições sociais, da política, da organização dos grupos humanos em toda a parte”

Este processo problematiza os conteúdos para além de sua automática legitimação, como um axioma. Dessa forma leva-se o aluno a pensar na sua educação para além de uma obrigação, mas um conhecimento escolar que se reflete no cotidiano, fazendo com que o processo educacional se torna perceptivelmente contínuo, na medida em que o aluno se conscientizará de seus avanços de possibilidades de ação frente ao seu cotidiano.