domingo, 25 de janeiro de 2009

Outro vídeo

Filosofia da liberdade


Movimento Estudantil?

Navegando pela net encontrei uma pérola. Tudo bem que muitos concordam que o Movimento Estudantil esteja em crise, considero isso uma realidade. Mas... isso também já é demais!


Aqui seguem os links deste grande passo (para onde?) do Movimento Estudantil: [ Perfil do MEL no orkut ] [ Post com as Propostas: ]

Farei um comentário rápido das propostas que, infelizmente, não será tão eloqüente, ou consistente quanto eu gostaria, visto que isso tudo é muito novo para mim. Mas, nem será tão necessário, dado que o leitor verá pelas propostas o quão, intrigante e interessante é o discurso desse novo segmento do Movimento Social (?).

O texto abaixo são meus comentários rápidos lançados em outra comunidade em que eles postaram um tópico com a proposta deles.

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Propostas do MEL para 2009

Chegamos ao ano de 2009 e temos novas e melhores propostas para nossa universidade e para os alunos da UFRGS.Em 2009 o Movimento Estudantil Liberdade irá defender:

- Flexibilização da legislação trabalhista e da CLT – Para que as condições de trabalho sejam definidas entre patrão e empregado, em acordos individuais sem interferência da Lei;

Retrocesso das LEIS TABALHISTAS? Realmente, é a melhor forma de evitar que os patrões explorem mais os trabalhadores! Vamos levantar essa bandeira!

- Fim da Lei dos Estágios – Estagiário não é empregado, logo, não deve ter os mesmos direitos, prejudicando a iniciativa privada;

Claro! Claro! Conheci estagiários que trabalhavam tanto quanto eu que era empregado com carteira assinada, mas sem ter os benefícios que eu tinha, sendo demitidos com uma mão na frente e outra atrás (sem necessariamente uma boa justificativa). Como o estudante tem que estudar e trabalhar, e as pobres empresas não tem culpa disso, vamos protegê-las ainda mais, negando os benefícios aos estagiários. Claro, os benefícios estudantis e trabalhistas foram conseguidos tão facilmente ao longo da história... Por que valorizá-los tanto, não é?

- Privatização dos Restaurantes Universitários – Universidade é lugar de estudar, não de encher barriga;

Ha ha ha ha ha. Claro, vejo que o pessoal do MEL não vive na universidade que eu vivo, onde uma colega chega a dizer que sugere que deixe de lanchar todos os dias para poder comprar livros. Acho que tais colegas não fazem a contabilização de custos para se manter em uma universidade (xérox, livros, transporte, alimentação). Universidade não é lugar de encher barriga!!!

- Terceirização dos funcionários da UFRGS – Cortes de gastos públicos e maior participação da iniciativa privada na UFRGS;

Claro! Por que não privatizar logo as universidades? Seria mais rápido!

- Fim da Pós-Graduação gratuita – Tal como ocorre hoje com as specializações da UFRGS, os mestrados e doutorados também devem ser pagos, reduzindo os encargos da Universidade com a Pós-Graduação;

Claro! Claro! O mercado de trabalho realmente está promissor para o estudante que sai da universidade. Se muitos precisam do Restaurante Universitário para se manter na graduação, com certeza poderão arcar com o pagamento de uma Pós. Será bom para nós, teremos que lutar para entrar na pós e para nos manternos lá (economica e inntelectualmente).Quer simulado melhor da barbárie que nossos colegas do MEL querem instituir para a sociedade selvagem ?Acho que eles não conhecem casos como de um colega meu que COM MESTRADO, não consegue achar um bom emprego. Desculpe, o MEL é realmente um movimento nacional? Quero dizer, daqui do Brasil?

- Ensino voltado para o empreendedorismo e diminuição do tempo de graduação – Defendemos a graduação de 2 anos, com foco para o mercado de trabalho, com menos aulas teóricas e requisito de estágio obrigatório e não remunerado em todos os currículos da UFRGS.

Bom, essa opção é a melhor de todas. Pelo visto os integrantes do MEL não conhecem (ou conhecem muito bem) as teorias de Marx sobre a alienação do modo de
produção. Fica a dúvida? É desconhecimento ou apologia à alienação?

Não é à toa que no outro tópico que listava integrantes eu não vi nenhum de História ou de outro curso que realmente prepare POLITICAMENTE os universitários. E mesmo que tivesse algum, suas propostas já falam por si.

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Até breve!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Apatia e massacre: nosso século XXI

Dutante muito tempo acreditei que quando o homem detém um maior conhecimento - especialmente nas humanidades - aproximava-se mais das virtudes, da honestidade, da justiça, em um processo natural, pois encontraria ali elementos mais atraentes e benéficos que o estudo lhe propocionaria reconhecer.
No entanto, tenho identificado que isso nada mais era que uma grande ilusão. Não digo que ocorra o contrário - que o conhecimento torne vil o homem -, mas que não existe aquela proporção necessária, e que o conhecimento tem sido muito útil à humanidade na possibilidade dela exibir sua face mais negra.
Imagino que ao ler tais palavras o leitor se lembrará rapidamente do holocausto, dos massacres indígenas ou da escravidão de negros. Esses são, de fato, eventos sombrios, dentre tantos outros, de nossa história, talvez mais conhecidos por tratarem da história européia cujas atrocidades inclusive tendem a ter seu horror atenuado.
Contudo estou falando de eventos recentes que, na realidade, continuam acontecendo. Penso nos massacres israelenses infligidos ao povo palestino e no consentimento internacional, especialmente estadunidense, às ações desproporcionais de Israel que mazelam a Palestina.
Até quando será permitido a Israel matar milhares de civis, a fim de expulsar uma população árabe nativa, construindo um Estado judaico sobre ensangüentado solo?
Espanta-me que ao estudar mais, continue a me surpreender quão vil pode ser a humanidade. Por quanto tempo permitiremos que Israel e os EUA passem por cima dos direitos humanos e repitam tragédias históricas? Nas palavras de Pierre Nora à Magazine Littéraire a afirmação de Marx "da primeira vez tragédia, da segunda farsa": "...a História não cessa de repetir-se, mas antes de ser passada a limpo, ou antes, com uma tinta cada vez mais negra, ela faz uma grande quantidade de borrões, e de cada vez é um pouco mais trágica".¹
Essa questão não é apenas "judaica", tampouco palestina, ela é nossa também. Como podemos, sendo seres humanos dotados de dicernimento e tendo valores morais comuns, compactuar com tal conjuntura? Esperaremos mais mortes?
Diante de tudo isso, entristece-me também a comunidade acadêmica que, como espaço privilegiado de debate, poderia privilegiar mais tais questões políticas tão importantes. Se antes havia com o marxismo certa esperança de dias melhores e mais humanitários, hoje há uma profunda apatia ao sofrimento de nossos iguais em proporcional distanciamento de linhas que tinham tal empatia. Falta, então, à humanidade algum ideal igualitário consistente? Relativiza-se tanto que não se busca mais, talvez, um Bem comum.
Esta é uma das principais razões que me fazem continuar a admirar àqueles que se engajam em movimentos sociais, sofrendo, muitas vezes, do olhar de desdém da grande maioria da nossa sociedade tão despolitizada, pois ao menos estão fazendo algo, mesmo que pequeno, pela mudança.
Assim também o é esse pequeno texto: um manifesto de um anseio por mudanças!

¹Nova História; trad. Ana Maria Bessa. Edições 70, 1991.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Links!

Navegando na net este sábado encontrei muita coisa bacana.

[2° maior genocídio do século XX - http://plural.motime.com/post/709218?386#comment-849124 ]

Artigo do Marco Aurélio Torres Antunes sobre este momento importante da história do século XX. Claro, elucidativo e com bons links de referência.


[Blogs do Além - http://www.blogsdoalem.com.br/ ]

Blogs de Hitler, da Vinci até Nostradamus (com previsões para 2009!), imperdível.